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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Agora é pra valer!



Finalmente chegou o dia da viagem dos alunos das 8ªs séries do EF e dos 1ºs anos do EM. Cerca de 80 alunos, acompanhados por seus respectivos professores, irão visitar as cidades de Santana do Parnaíba, Itu e Porto Feliz, refazendo o trajeto que muitos bandeirantes passaram ao desbravar o interior de São Paulo. Os trabalhos elaborados por eles a partir desta visita deverão ser postados aqui, para que todos tenham acesso ao material produzido e possam comentar a criatividade dos alunos do CENEART.

Boa viagem e um bom trabalho!

domingo, 21 de outubro de 2012

Alunos sul-coreanos estudam mais de 14 horas por dia; leia relato de professor

"Yeolsimhi haeyo", dizem os coreanos. Trabalho duro. A frase é dita sem parar e serve tanto de lema quanto para lembrar que ninguém gosta de quem resmunga. E não importa o quão duro um aluno esteja estudando, ele sempre pode estudar mais –pelo menos essa é a teoria. Afinal, a própria nação foi construída após décadas de colonização japonesa e da guerra coreana por meio de trabalho duro. A Coreia do Sul tornou-se modelo de crescimento econômico e sediou os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo, um feito batizado de “milagre do rio Han”. Toda manhã, por bem mais de 200 dias por ano, os alunos chegavam à escola de elite sul-coreana onde eu ensinava inglês às 7h40. Os professores e tutores estudantis os esperavam na entrada, para verificar seus cabelos (comprimento e estilo – permanente e tintura eram proibidos) e uniforme (camisetas para dentro, saia na altura do joelho e sapatos formais). Depois, eles subiam as escadas para suas salas, onde esfregavam o chão, escovavam as mesas, limpavam as janelas e jogavam o lixo fora. A jornada acadêmica começava às 8h, tinha intervalos de 10 minutos, uma pausa para o almoço de 50 minutos e uma hora para o jantar às 17h. Às 18h, quando eu costumava desligar meu computador, os alunos estavam se acomodando em suas cadeiras para outras quatro horas de estudo, durante as quais eram monitorados pelos professores para garantir que não se entregassem ao sono, às conversas ou a qualquer outra coisa que não fosse o estudo. Às 22h20, as salas se esvaziavam. Liberados, os jovens se dirigiam para os ônibus que estavam esperando para levarem-nos para casa (poucos moravam perto). A maior parte dos alunos só ia para a cama depois da meia noite. Há um ditado que recomenda que o estudante tenha apenas quatro horas de sono por dia se quiser entrar em uma das principais universidades. LEIA MAIS Escola de Nova York formou oito ganhadores do Nobel de Ciência Para ajudar na escola, médicos prescrevem remédios até a quem não tem deficit de atenção Durante os anos que eu ensinei nesta escola de ensino médio, fiquei ao mesmo tempo maravilhado e horrorizado com o que a escola, os pais e o país esperavam de seus alunos –e como estes tentavam cumprir essas expectativas. Algumas vezes, quando eu saía tarde da escola –por volta de 20h ou 21h– eu olhava para as salas e via os alunos ocupados fazendo dever ou consultando livros. Alguns ficavam em pé no fundo da sala para afastar o sono, todos aparentemente determinados em cumprir as expectativas colocadas sobre eles. Mas e seus tempos de juventude? –eu me perguntava, algumas vezes, ao descer o morro com as luzes da escola atrás de mim. Ao retornar aos EUA, um antigo professor me deu uma oportunidade de falar aos seus calouros de filosofia sobre meus anos na Ásia. Excitado, eu redigi uma apresentação pensando nas minhas aulas na Coreia, onde os alunos absorviam o material, algumas vezes silenciosos demais. Diante de uma classe de 20 calouros universitários, a primeira coisa que eu observei foram os aparelhos eletrônicos em quase todas as carteiras: celulares, laptops, iPads. Mal eu tinha começado, vi um garoto mexendo em seu telefone por baixo da carteira, outro digitando em seu computador e um terceiro digitando no telefone à vista de todos. “Vocês poderiam parar?”, perguntei. Com um olhar incomodado, eles retornaram sua atenção à discussão, mas não por muito tempo –alguns minutos depois, já estavam distraídos novamente. As classes subsequentes foram similares. Mais tarde, no escritório do professor, eu perguntei sobre o comportamento geral dos alunos, e mencionei os coreanos. “Quando eu me aposentar, vou escrever um livro sobre o colapso da universidade americana”, ele me disse. “Há pouca sede de aprendizado, de trabalhar duro”. “E os aparelhos eletrônicos?”, perguntei. “Estão em toda parte”, respondeu, “mesmo quando são proibidos, os jovens acabam usando”. Uma avaliação desesperadora, com certeza, mas o professor, que vem ensinando há 30 anos, chegou a dizer que eu estava ali para cinco alunos, mais ou menos. Esses –os que fazem perguntas, expressam interesse- vão realizar grandes coisas, porque eles “se levam a sério, e também levam o professor a sério”, disse. Terminei minha apresentação, atravessei em silêncio o campus de New England, respirando o ar fresco do outono, pensando que, do outro lado do oceano, seria por volta de 9h da manhã, os alunos estariam sentados em suas carteiras ouvindo atentamente, trabalhando duro e, provavelmente, levando as coisas um pouco mais a sério do que muitos jovens nos EUA, para o bem ou para o mal. (John M. Rodgers é professor adjunto na Universidade Estadual de Plymouth em New Hampshire, editor do “The Three Wise Monkeys” e do “Groove Korea”.) 
 Tradutor: Deborah Weinberg

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Como fazer?

Roteiro dos Bandeirantes - Possibilidade de Trabalho

Roteiro dos Bandeirantes


Conheça

Se você gosta de história e quer conhecer os caminhos históricos feitos há séculos pelos homens que desbravaram o interior do Estado de São Paulo, não pode perder essa dica. Essa é uma viagem pelo interior e pela história de São Paulo. O Roteiro dos Bandeirantes é o traçado por onde passaram os desbravadores que partiram da Vila de São Paulo de Piratininga em suas andanças pelo então desconhecido território nacional.
O Roteiro dos Bandeirantes engloba oito cidades paulistas e promete uma interessante viagem. São 180 quilômetros, partindo de Santana do Parnaíba, passando pelas cidades de Pirapora do Bom Jesus, Araçariguama, Cabreúva, Itu e Porto Feliz, até chegar à cidade de Tietê.
As cidades do Roteiro fazem parte de um pólo de referência histórico-cultural para todo Brasil. São museus, fazendas, trilhas e caminhos dignos de serem explorados por novos desbravadores.
A viagem é uma excelente oportunidade para o visitante se aprofundar na história do Brasil, pisando nas mesmas terras por onde passaram personagens como Bartolomeu Bueno da Silva – O Anhanguera e Fernão Dias Paes Leme, o Caçador de Esmeraldas. Homens que deram, com bravura e determinação, o formato que o Brasil tem atualmente.

Atrativos

Muito próximo à capital, estão centros históricos preservados, reservas ambientais e trilhas ecológicas. A região conta parte da história paulista e brasileira, que com as bandeiras forjaram a saga dos bandeirantes paulistas que partiam em expedições em busca de metais preciosos e outras riquezas. Atualmente a região guarda uma grande diversidade gastronômica, podendo se encontrar paçoca de carne, sopa de milho verde com cambuquira, porco ou boi no rolete, além do artesanato com os "cabeções", cachaça artesanal, artesanato em barro, argila e pedra. A região conta ainda com muitos eventos como Drama da Paixão de Cristo, Corpus Christi, Festa do Bom Jesus de Pirapora, Festa de São Benedito de Tietê, Saída das Monções e Romarias. Desta forma, o Roteiro dos Bandeirantes agrega atrações para todas as idades e opções para vários fins de semana.

Mudou a imagem


Um herói. É esse o modelo que transpira da pose altiva, do olhar penetrante, das armas novas e da roupa impecável do bandeirante Domingos Jorge Velho, retratado por Benedito Calixto na pintura que ilustra esta página. Mas o desbravador não era branco, e sim mameluco, fruto da mestiçagem entre portugueses e índios. Usava tão bem o arcabuz, sua arma de fogo, quanto o arco e a flecha, que aprendeu a manusear com os nativos. Falava mais tupi do que português, como a maioria dos paulistas. E ainda tinha sete esposas índias. Uma realidade, portanto, mais próxima da recriação da página ao lado (veja o quadro abaixo).

Essa contraposição pode ser útil para apresentar a visão crítica da História ao 7º e ao 8º ano (leia a seqüência didática no quadro da página 69). "Basicamente, trata-se de mostrar que existem várias maneiras de narrar os fatos, e que cada uma delas carrega interesses de pessoas que optaram por recortar a realidade de uma forma específica", explica Manuel Pacheco Neto, autor de duas teses sobre os bandeirantes. Em um desses trabalhos, ele investigou a forma como os desbravadores foram descritos em coleções de livros didáticos publicados entre 1894 e 2006. "Muitas vezes, encontrei nas obras escolares o mesmo tom triunfalista da pintura de Calixto, com os bandeirantes aparecendo como indivíduos corajosos e patrióticos, que tinham como objetivo expandir o território nacional. Esse tipo de ocorrência diminuiu na produção dos últimos 20 anos, mas ainda existe", diz ele. Por isso, é importante que o professor intervenha para questionar essa interpretação cristalizada no senso comum. 

Um mito criado por paulistas 
Comece contando como nasceu essa visão romantizada, explicando que os bandeirantes viraram heróis por causa de motivações políticas específicas no início do século passado. Com a proclamação da República, em 1889, os cafeicultores paulistas se tornaram, a um só tempo, a elite econômica e política do país até o fim da década de 1920. Nesse ambiente, o mito do bandeirante corajoso caiu como uma luva para um grupo que precisava se afirmar como líder. "O sertanista paulista serviu como sugestão histórica de que o poder deveria emanar de São Paulo, já que seu povo seria descendente de comandantes natos", afirma a historiadora Luíza Volpato, especialista no tema.

Aqui, o bandeirante ideal. Ali, o real
QUADRO CLÁSSICO Domingos Jorge Velho e o Loco-tenente Antônio Fernandes Abreu, de 1903, é idealização do pintor. Ilustração: Reprodução Hélio Nobre
 
APARÊNCIA MAJESTOSA 
O bandeirante aparece como homem imponente e altivo, de olhar severo. A inspiração são as representações majestosas dos quadros de Rigaud, pintor que se consagrou representando o rei francês Luís XIV. 

PELE CLARA 
Os dois sertanistas do quadro de Benedito Calixto são brancos, traços tipicamente europeus. A cor também remete à elite paulista, que no início do século passado quis se associar à imagem dos desbravadores. 

FÍSICO ROBUSTO 
O retrato mostra um desbravador opulento, forma pouco provável para um homem que se embrenhava na selva. A silhueta avantajada se justifica porque essa é a representação típica dos ricos da época. 

TRAJE DE GALA 
Impecavelmente alinhados, o chapéu, a baeta (manta), a calça, a camisa e as botas eram um vestuário urbano, geralmente utilizado em festas religiosas - jamais durante expedições no meio da mata. 

PAISAGEM FANTÁSTICA 
A mata aberta é uma licença poética do pintor para mostrar a serra onde ficava o Quilombo dos Palmares, reduto de escravos fugidos que o bandeirante Domingos Jorge Velho dizimou numa expedição. 

ARMAS DA BATALHA 
A faca do quadro é muito fina, inadequada para a tarefa de cortar as folhas e abrir caminho na mata fechada. A arma de fogo, um arcabuz, é uma das poucas coisas que correspondem à realidade. 

O SUBALTERNO 
Com a intenção de destacar ainda mais a figura de Domingos Jorge Velho, o pintor aparece atrás do sertanista. Como o líder da bandeira, ele também tem pele de cor clara.

NOSSA RECRIAÇÃO A ilustração retrata os sertanistas segundo a descrição de documentos históricos. Ilustração: Éber Evangelista
NOSSA RECRIAÇÃO A ilustração retrata os sertanistas segundo a descrição de documentos históricos. Ilustração: Éber Evangelista
 
QUADRO CLÁSSICO 
Domingos Jorge Velho e o Loco-tenente Antônio Fernandes Abreu, de 1903, é idealização do pintor. Reprodução Hélio Nobre 

APARÊNCIA CANSADA 
Aqui, o bandeirante surge sem a imponência forçada retratada por Benedito Calixto. Ao contrário: na casa dos 60 anos e desgastado pelas expedições e combates na mata, parece cansado e abatido. 

PELE MORENA 
Documentos indicam que os sertanistas eram produto da mestiçagem - a maioria deles era de mamelucos. Por isso, a ilustração mostra uma pele morena, com traços indígenas e envelhecida pelo sol. 

FÍSICO RAQUÍTICO 
Nada de gorduras corporais: acostumados a longas caminhadas, os bandeirantes eram magros. Em alguns casos, quase desnutridos: na selva, comiam pouco e, não raro, passavam fome. 

ROUPA VELHA 
Botas eram artigo de luxo: os desbravadores andavam descalços, usavando chapéu e colete de couro de anta para se protegerem das flechas. Colares e penas índigenas se misturavam a crucifixos. 

PAISAGEM DRAMÁTICA 
A visão mais comum para os desbravadores era um mar de árvores, que tinha de ser aberto a golpes de facão. Além disso, os expedicionários ficavam sujeitos a todas as dificuldades e perigos da vida selvagem. 

AS ARMAS DA BATALHA 
Apesar de usarem arma de fogo e escudo, os bandeirantes incorporaram influências dos nativos no armamento. Por serem simples de construir e muito eficazes, arco e flecha eram muito presentes. 

O COMPANHEIRO 
O índio - que, além de mostrar os caminhos, era o responsável pela alimentação - aparece aqui ao lado do bandeirante, reforçando a idéia de parceria que nem sempre é mencionada nos livros didáticos.

Na virada do século 20, o que era sugestão virou política pública. A partir de 1903, o governo paulista começou a destinar verba pública a obras de arte que apoiassem a concepção mítica dos bandeirantes - naquele ano surgiram quadros como o de Calixto, por exemplo. Como boa parte dos historiadores "comprou" essa visão engrandecedora dos desbravadores, foi assim que eles figuraram nos livros por muito tempo. 

Nas últimas duas décadas, a análise cuidadosa dos registros de época ajudou a contar outra versão dos fatos. Já há consenso entre os historiadores, por exemplo, sobre os objetivos principais das bandeiras dos séculos 17 e 18. Longe de buscar conscientemente a ampliação do território em nome de um suposto nacionalismo, o que os desbravadores tinham como meta era buscar metais preciosos e aprisionar índios. Depois de capturados, os nativos eram vendidos para trabalhar nos canaviais do Nordeste ou usados como mão-de-obra particular dos paulistas. No seu encalço, os sertanistas andavam enormes distâncias mata adentro - Raposo Tavares, por exemplo, percorreu 12 mil quilômetros durante três anos (leia o quadro acima). 

Isso tudo seria impossível se os bandeirantes não tivessem a ajuda dos índios, que acompanhavam os paulistas em suas andanças ou até colaboravam na captura de membros de suas próprias tribos (é importante ressaltar esse fato como exemplo de que personagens históricos são figuras complexas e até contraditórias, traços que acabam escondidos quando se ensina História por generalizações). Foram os indígenas que guiaram os sertanistas pelas trilhas desconhecidas e os ensinaram a andar descalços. "Eles mostraram uma pisada específica que evitava lesões e possibilitava percorrer distâncias maiores. A própria descoberta de ouro em Cuiabá foi feita não por bandeirantes, mas por dois índios coletores de mel", explica Pacheco Neto. 

Objetivos X conseqüências

Com viagens tão longas, era quase inevitável que os sertanistas acabassem aumentando o território da colônia ao desrespeitar o Tratado de Tordesilhas, acordo firmado por Portugal e Espanha em 1494 para delimitar a extensão de terras que cabia a cada país. "Os sertanistas contribuíram, sim, para o estabelecimento das dimensões territoriais do Brasil atual, mas foram movidos pelo desejo de sobrevivência. Como naquela época a ocupação dava o direito sobre a terra, os bandeirantes acabaram fazendo um favor a Portugal mesmo sem ter esse intuito", diz o historiador John Monteiro, da Universidade Estadual de Campinas.
 Expedições que desbravaram um país
Ilustração: Éber Evangelista
Ilustração: Éber Evangelista
 
As bandeiras que mais impactaram a história foram as que alargaram o território brasileiro, apresaram uma quantidade significativa de índios ou descobriram ouro - essas últimas responsáveis pelo deslocamento de grupos que se concentravam no litoral. A maioria foi fruto de ações particulares, não apoiadas pela coroa portuguesa. No mapa à esquerda, estão representadas oito grandes bandeiras, todas realizadas nos séculos 17 e 18. Em termos de distância percorrida, a mais impressionante foi a liderada por Antonio Raposo Tavares (no mapa, em vermelho), que de 1648 a 1651 percorreu 12 mil quilômetros de São Paulo à região de Gurupá, no atual Pará, para capturar indígenas. Tavares, aliás, foi provavelmente o bandeirante mais experiente. Entre 1628 e 1633, ele comandou, junto com Manuel Preto, uma incursão no atual Paraná (em rosa) para destruir missões jesuíticas em Guairá. Com o mesmo objetivo de capturar índios, Fernão Dias se embrenhou pelo atual Rio Grande do Sul, em direção a Tape (bandeiras ilustradas em azul e verde).

A revisão histórica também jogou luz sobre a brutalidade dos desbravadores. A visão vem sobretudo dos registros históricos feitos por jesuítas que assistiram as matanças. Os religiosos relatam que, quando chegavam ao seu destino - geralmente, missões jesuíticas apinhadas de índios -, os sertanistas faziam ataques-surpresa e matavam uma enorme quantidade de indígenas apenas para causar terror e evitar que os remanescentes resistissem. Decapitações e esquartejamentos eram estratégias comuns. O jesuíta Antonio Ruiz de Montoya descreveu com horror uma dessas invasões: "(Eles) entraram a som de caixa e em ordem militar nas duas reduções de Santo Antônio e São Miguel, destroçando índios a machadadas. Os pobres dos índios com isso se refugiaram na igreja, onde os matavam - como no matadouro se matam vacas -, tomaram por despojo as modestas alfaias litúrgicas e chegaram mesmo a derramar os santos óleos pelo chão". 

Relativizar os rótulos

Por mais que a narrativa seja chocante, é papel do professor relativizá-la, mostrando como ela está impregnada da emoção típica do testemunho em primeira pessoa e do interesse dos jesuítas em demonizar os sertanistas, apesar de alguns religiosos terem até participado de bandeiras. A visão crítica da História nos ensina que não devemos julgar nem bandeirantes nem jesuítas pelos parâmetros de hoje, mas entendê-los como indivíduos sujeitos às condições de sua época. Encarar esses personagens como mocinhos ou vilões rouba-lhes a verdade histórica e a única riqueza que talvez tenham conquistado - já que, segundo os testamentos da época, comprovou-se que a maioria morreu pobre : a de ter lutado por interesses próprios e, por acaso, ajudado a traçar a história de um país.
Quer saber mais?
CONTATOS
Daniel Vieira Helene
John Monteiro

Luíza Rios Ricci Volpato
Manuel Pacheco Neto 

BIBLIOGRAFIA
Motricidade e Corporeidade no Brasil Colonial: Bandeirantes
, Índios e Jesuítas, Manuel Pacheco Neto, 154 págs., Ed. Seriema, tel.             (67) 3422-4664      , 25 reais

Prodesc - Projeto Descentralizado - Reentronização do Patrono Antônio Raposo Tavares

O Prodesc - Projeto Descentralizado do CENEART pretende valorizar o nosso patrono, o bandeirante Antônio Raposo Tavares. Figura polêmica da nossa História, ora alçado a condição de herói, ora apontado como bandido, o bandeirante Raposo Tavares deixou seus rastros na História do nosso município e do Brasil. Como consta no site da Câmara Municipal de Osasco, o bairro de Quitaúna pertenceu ao bandeirante, onde atualmente encontramos o 4º BIB - Batalhão de Infantaria Blindada - Regimento Raposo Tavares. Mas foi pelo sertão do Brasil, que Raposo Tavares marcou definitivamente a História. Segundo os registros, formou uma bandeira em 1.648 com cerca de 1.200 homens e com ela, percorreu cerca de 10.000 quilômetros do território brasileiro. Sua morte, em 1.658, em dia e mês desconhecidos, pôs fim a uma vida audaciosa, de um dos grandes bandeirantes do Brasil.
Na Feira Cultural do CENEART 2.012, vários trabalhos serão expostos abordando a vida deste bandeirante. Sua biografia, o caminho pelo qual o movimento das bandeiras percorreu em São Paulo, o próprio Bandeirismo,  os demais grandes bandeirantes da História do Brasil serão retratados em cartazes, apresentações audiovisuais, fotonovelas, palestras, folders e maquetes.
Alunos e professores estão trabalhando para apresentar ao público visitante da Feira um panorama criativo sobre o tema, além é claro, dos trabalhos desenvolvidos nas mais diversas áreas do conhecimento e que estarão presentes também no evento.
Contamos com a presença de todos!

15 de outubro - A importância daqueles que fazem de ensinar a sua missão

São Paulo, 1947. Endereço: uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a ideia de se organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano. O professor Salomão Becker sugeriu - inspirado por uma lembrança de sua infância - que o encontro se desse no dia de 15 de outubro e que fosse chamado 'Dia do Professor'. A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. Em seu Art.3, definia-se a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias"

domingo, 14 de outubro de 2012

Homenagem aos professores



Parabéns a estes profissionais da educação, que conseguiram após anos de formação, ingressar em uma carreira que cobra constante atualização, paciência e muita dedicação pelo que se faz. Obrigado pelo conhecimento transmitido, pelos conselhos distribuídos e principalmente pela luta cotidiana para cumprir bem a sua missão.
Parabéns professores do CENEART!
Que tenham um excelente dia!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Não caia na tentação de dar a seu filho tudo o que ele pede; dizer "não" educa


Em plena semana do Dia das Crianças, comemorado no dia 12 de outubro, você deve estar às voltas com uma lista imensa de pedidos de presentes, resolvendo o que quer ou o que pode comprar. Mas já parou para pensar no que faz seu filho feliz de verdade? Ter o brinquedo mais tecnológico do momento? O mais caro da turma inteira? Ganhar o primeiro celular, mesmo que o equipamento não seja indicado para a faixa etária dele?

Se a sua resposta foi “sim” a alguma dessas perguntas, é bom parar e reavaliar sua postura. Você pode estar valorizando coisas que ele nem considera importantes para estar feliz no dia a dia e, pior, ensinando que o consumo ocupa um lugar muito mais importante do que aquele em que deveria estar. “Os pais têm de ter valores muito sólidos. Têm de entender que eles são a principal referência na vida da criança. É neles que ela vai se espelhar em primeiro lugar", afirma Laís Fontenelle Pereira, psicóloga do Instituto Alana, ONG que atua em defesa da criança.

Você já se endividou para comprar um presente para seu filho?

Resultado parcial
Ver uma criança feliz é muito mais simples do que muitos pais imaginam. Pesquisa recente e inédita realizada pelo Datafolha a pedido da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) ouviu 1.525 crianças, de quatro a dez anos, de todas as classes sociais, de 131 municípios brasileiros, e revelou que o dia em que 96% delas se sentem "muito alegres" e "alegres" é o dia do aniversário, quando são o centro das atenções e estão rodeadas pelos amigos e pela família.

Praticar esportes, brincar com os amigos, férias escolares e assistir à televisão foram os outros momentos, nessa ordem, vencedores na escala de felicidade no levantamento. Além disso, 71% das crianças entrevistadas disseram se sentir "muito tristes" e "tristes" quando estão longe da família. "Uma data como o Dia das Crianças deveria ser dedicada, simplesmente, a relembrar o direito de ser criança, comemorada com brincadeiras e compartilhamento de momentos de alegria entre pais e filhos", diz a psicóloga Silvia Frei de Sá, líder de projetos de educação do Instituto Akatu, ONG que defende o consumo consciente.

Eu quero! Eu quero! Eu quero!

Os números da pesquisa mostram uma realidade muito bem-vinda, mas, na prática, a criança está inserida em um universo de desejo em que basta ligar a TV para ficar exposta a uma enxurrada de propagandas que desperta nela a vontade de ter boa parte daquilo que vê. O resultado? Pedidos e mais pedidos.
Tem explicação. "Até os oito anos, ainda não há a capacidade de abstração necessária para diferenciar um conteúdo publicitário de um que não é. Se, nessa idade, a criança vir uma propaganda em que seu personagem favorito transmite a ideia de que ela tem de comprar determinado produto, ela vai querer comprar", diz a psicóloga Laís Fontenelle, do Alana.

"Ela é constantemente estimulada a consumir e, no geral, está mais interessada na experiência positiva que a publicidade transmite do que no produto”, afirma Silvia Sá, do Akatu.

A importância do não

Como não ceder aos apelos de consumo do filho que, na maioria das vezes, tem o poder de dobrar os pais pela emoção? "O pai e a mãe são os adultos da relação", fala Laís. "São eles quem sabem o que pode e o que não pode, que têm de dar o exemplo correto e ensinar valores", diz a especialista.

"O ponto negativo é que o relacionamento atual entre a criança e seus pais está muito ligado à questão do comprar, do ter. Ter para ser, como se a quantidade de objetos fizesse a gente melhor como pessoa", afirma a pedagoga Roselene Crepaldi, conselheira da Aliança pela Infância e doutora em educação infantil. Para agravar a situação, os pais têm cada vez mais medo de dizer "não" ao filho, já que muitos carregam a culpa de não estarem presentes como gostariam no dia a dia.

Negar um pedido da criança, sempre que achar pertinente, é muito importante. “Faz parte do desenvolvimento infantil se habituar às regras de convivência. À medida que o pai estabelece um limite, a criança passa por uma frustração que contribui para seu amadurecimento", afirma Saul Cypel, neuropediatra do Hospital Israelita Albert Einsten, de São Paulo, e consultor da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, voltada à primeira infância. "Pais têm medo de falar 'não' porque receiam quebrar a relação com o filho, mas faz parte", diz Roselene, da Aliança pela Infância. "O dinheiro não pode ser mais importante do que o convívio".

Diálogo: simples e eficaz

O diálogo ainda é a melhor opção. "Quando uma coisa faz sentido para a criança, por mais que a chateie ou a frustre, ela aceita. Os adultos acabam não tendo muita paciência, mas têm de sentar com o filho e explicar os motivos de ele não poder ter determinada coisa", diz Silvia.
Na tarefa de driblar o consumo infantil, fique atento à questão do "duplo comando", conforme denomina Laís, do Instituto Alana. "A criança aprende com os exemplos. Não dá para proibi-la de comprar o que quer e sair de outra loja carregado de sacolas com coisas para você. É importante que os pais tenham coerência entre o que falam e o que fazem".
Se o Dia das Crianças pode ser comemorado com presentes? Pode, dizem os especialistas. O único ponto é usar de ponderação, colocando o consumo em seu devido lugar, que é bem depois das relações familiares. 
*Colaborou Fernanda Alteff

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Criança dá trabalho...


Dia das Crianças


O responsável pela criação do dia das crianças foi o deputado federal Galdino do Vale Filho, na década de 1920. Após ter sido aprovada pelos deputados, a data de 12 de Outubro foi oficializada pelo presidente Arthur Bernardes, através do decreto no 4867, de 5 de novembro de 1924. 

A data só passou a ser celebrada somente na década de 1960, momento que a fábrica de Brinquedos Estrela decidiu fazer uma promoção em conjunto com a Johnson &Johnson, com o lançamento da “Semana do Bebê Robusto” que tinha por objetivo aumentar as vendas. Logo depois outras empresas decidiram criar a Semana da Criança com o mesmo intuito. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedo decidiram escolher um único dia para a promoção. A partir daí, o dia 12 de Outubro passou a ser uma das datas mais importantes do ano para o ramo de brinquedos. 

O dia das crianças é a segunda data mais importante para o comércio, perdendo somente para o Natal. 

A organização das Nações Unidas (ONU) comemora o dia de todas as crianças do mundo em 20 de Novembro, data em que os países aprovaram a Declaração dos Direitos das Crianças. 

No Japão, o dia é comemorado em 5 de Maio, para os meninos, com exposição de bonecos que lembram samurais, para as meninas a comemoração é no dia 3 de Março, com exposição de bonecas. A China também comemora no dia 5 de Maio. 

Na Nova Zelândia a comemoração é no primeiro domingo de Março, diferencia-se de algumas comemorações por não ser um dia para presentes e sim um dia onde se passa tempo com a família, para rir e brincar. 

Em Moçambique a celebração é no dia 1 de Junho, este foi instituído para assinalar o dia em que muitas crianças de pouca idade foram cruelmente assassinadas a sangue frio pelas forças nazistas em Junho de 1943.


Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Osesp faz transmissão de concerto com obras de Gershwin e Ravel, interpretadas sob regência de Yan Pascal Tortelier e com solos do pianista Luis Lortie


Osesp faz transmissão de concerto com obras de Gershwin e Ravel, interpretadas sob regência de Yan Pascal Tortelier e com solos do pianista Luis Lortie

No dia 3 de novembro, sábado, o público poderá assistir pela Internet ao concerto da Osesp na Sala São Paulo. O programa terá regência de Yan Pascal Tortelier e solos do pianista Louis Lortie em Rhapsody in Blue e Girl Crazy: I Got Rhythm (Variações para Piano e Orquestra), de George Gershwin. O pianista interpretará ainda Gaspard de la Nuit,de Ravel.
 
A captação será feita pela TV Cultura, a transmissão para internet pela Casa Blanca Online, distribuição da Akamai e o patrocínio do Itaú Personnalité.

A transmissão terá início às 16h e contará com Arthur Nestrovski, diretor artístico da Osesp, comentando o repertório do concerto. Trará ainda uma entrevista com o regente Yan Pascal Tortelier.

Além da transmissão em tempo real, o concerto digital ficará disponível no hotsite por 30 dias a partir do dia 10 de novembro. Mais informações constarão em breve no endereçohttp://concertodigital.osesp.art.br / http://concertodigital.osesp.art.br/en(versão em inglês)

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego


O valor do amanhã


Ernesto Friedman
O Valor do Amanhã
Eduardo Gianetti 
2005, Companhia das Letras
Durante a vida humana, somos expostos a tomar infinitas decisões, muitas delas se encaixam no problema de escolher entre desfrutar algo hoje ou esperar para saboreá-lo amanhã. Este problema, inerente ao transcorrer da vida na linha do tempo, é abordado com profundidade e elegância no livro O Valor do Amanhã, do economista e filósofo Eduardo Gianetti. Diz-se que o livro trata dos juros. É avaliação superficial. O tema é mais amplo. Como o próprio autor reclama: "A face mais visível dos juros monetários representa apenas um aspecto, ou seja, não mais que uma diminuta e peculiar constelação no vasto universo das trocas intertemporais em que valores presentes e futuros medem forças." Com maestria, Gianetti apresenta o problema das trocas intertemporais que ocorrem em todo o mundo animal. Seus exemplos são magníficos. Afinal, que aperfeiçoamento darwiniano conduziu uma espécie de ratos a estocar alimento para o inverno em quantidade muitas vezes superior à sua capacidade de consumir? Exibindo extremos dos comportamentos de nossa espécie - a avareza, a gula, a entrega às drogas, a dedicação monástica exigida por uma religião – Gianetti explora as variantes do modelo de decisão do tipo "ter agora, pagar depois" versus "pagar agora, para ter mais tarde". É curioso como um modelo de decisão tão simples de ser enunciado se aplica a situações tão distintas. Se aplica à escolha do momento de um investidor realizar os lucros de seus investimentos. Ou à prosaica decisão do comensal que escolhe entre comer o musse de chocolate agora, em detrimento de exibir o abdômen "tanquinho" amanhã. 

O pano de fundo do livro é o problema humano retratado na letra de música de Lobão: "viver dez anos a mil ou mil anos a dez?". Como bem sintetiza Gianetti, "a vida é um intervalo finito de duração indefinida". Se houver um deus a quem agradecermos por nossas alegrias e culparmos por nossas agruras, sem dúvida ele deve rir muito de nossa inquietação e insegurança para tratar o problema de como bem viver a vida. Devemos buscar a satisfação imediata? Ter ou fazer hoje o que desejamos, a qualquer custo? Ou nos poupamos, nos guardamos? Buscamos a segurança que nos proverá nos serenos anos da velhice? Mesmo com as promessas de vida eterna das religiões – que Gianetti apresenta com notável isenção – os humanos têm dificuldade em se desapegar da dádiva da vida como conhecemos. Em geral buscamos otimizar nossa experiência de vida terrena. Apesar de toda a pantomima religiosa, não levamos muita fé nas promessas dos messias. Mesmo com o marketing das igrejas, como não há nenhum indício minimamente palpável de que existam as mil virgens que nos prometem no paraíso, a maioria não opta pela solução de dar um tiro na cabeça e passar "dessa para melhor". Temos mesmo que resolver a vida antes de morrer. 

No início de um curso de matemática financeira que ministrei, para ilustrar a idéia de juros, usava o exemplo de duas criaturas limites. Uma delas era imortal, suas decisões não se alteravam em relação ao tempo. A outra, chamada "criatura efêmera", acometida de uma doença terminal, tinha pouco tempo de vida para usufruir. As duas tinham que fazer escolhas com relação a um fluxo de recebimentos de recursos. Uma tinha pressa em receber valores. A outra era indiferente em relação aos prazos de entrega dos recursos. Daí surgia o conceito dos custos das trocas intertemporais e a noção de juros. Eduardo Gianetti apresenta arquétipos de decisores mais interessantes e genéricos. Ele utiliza a cigarra e a formiga de Esopo. Gianetti cunha a figura da cigarra límbica, que só se interessa pelos prazeres de curto prazo, e da formiga pré-frontal, planejadora e focada em abrir mão da boa vida agora para garantir seu futuro. A discussão conduzida pelo autor nos leva a pensar se consumimos com perícia o bem limitado e perecível que é o tempo de nossas vidas. Pode parecer pouco importante para os jovens (e realmente não o é, pois eles têm a sensação inebriante de serem imortais), mas o problema da aposentadoria, ou seja, a decisão de quanto deixar de gastar hoje para garantir o amanhã, é preocupação que vai tomar bom tempo de suas vidas. Aos jovens, a mensagem: Aguardem! 

Gianetti explora as diversas visões de como viver: a miopia do irresponsável que só atenta para o imediato, e o hipermetrope, que religiosamente (o advérbio se aplica como uma luva) se prepara para um futuro que o prazo indefinido do contrato da vida não lhe assegura. Por isso minha menção ao livro ser um guia de auto-ajuda para pessoas sofisticadas. A colocação do problema e sua exploração em facetas diversas propiciam oportunidade única para cada um pensar: Qual a boa prática para gastar a grande dádiva de viver? 

A obra de Gianetti retoma preocupações que ele já abordara em outras ocasiões, como no livro Felicidade. Será a felicidade de um indivíduo um estado de euforia momentâneo decorrente do último prazer ou dor experimentado, ou é a sensação de prazer obtido pela soma das experiências passadas e expectativas futuras de prazer percebidas pela pessoa? A felicidade é a gargalhada do momento ou o sereno sorriso garantido para amanhã? O tempo também é senhor de nossos sentimentos. 

Fica a recomendação do livro e autor. A identificação do modelo do problema das trocas intertemporais é elemento importante tanto no nível profissional como pessoal. A inteligência do discurso de Gianetti é hipnotizante. O texto elaborado e elegante embala a leitura. O Valor do Amanhã foi dos melhores lançamentos de 2005, teve muito boa venda, mas é produto que vai vender bem no longo prazo. O livro é mais propício aos maduros saborearem. Em geral, o futuro é assunto que a miopia da juventude despreza: "Pobres moços, eles não sabem o que eu sei." dizia Cartola. Por outro lado, aqueles que já consumiram mais da metade do máximo que esperam viver, terão mais atenção para o assunto.

Reunião de Pais e Mestres no CENEART

DIA 10 DE OUTUBRO

Período da manhã: às 08h00min
Período da tarde: às14h00min
Período da noite: às19h30min

Compareçam!

A importância da Reunião de Pais e Mestres



8 razões para ir à reunião de pais e mestres

É preciso cuidar com afinco da Educação do seu filho. E frequentar as reuniões escolares é um excelente começo. Quer ver?

21/01/2011 18:15
Texto Cynthia Costa
Educar
Foto: Daniel Aratangy
Foto: A reunião de pais e mestres não é um mero evento protocolar
A reunião de pais e mestres não é um mero evento protocolar





professor do seu filho conhece suas expectativas em relação ao trabalho dele? E você: sabe exatamente como é o dia-a-dia da criança na escola? Sabe como ela se relaciona com o professor e os colegas? Se você frequenta as reuniões de pais e mestres e mantém um diálogo constante com os profissionais que cuidam da Educação do seu filho, provavelmente deve estar com todas essas questões esclarecidas e, portanto, sentindo-se mais seguro. 

Sim, a reunião de pais e mestres não é um mero evento protocolar, que a escola organiza com o objetivo de dar algumas satisfações aos pais. "O objetivo das reuniões é compartilhar interesses e missões tendo em vista os benefícios para o aluno", define a pedagoga Isa Spanghero Stoeber, uma das autoras do livro Reunião de Pais - Sofrimento ou Prazer?, da editora Casa do Psicólogo. 

Compartilhar é mesmo a palavra quando se fala nessas reuniões. Afinal, a relação entre a escola e os pais deve ser de parceria, como ressalta Carmem Silvia Galluzzi, autora do livro Propostas para reunião de Pais, da Editora Edicon. Para ela, as reuniões têm um grande poder de aproximar famílias e escolas. "Os pais recebem orientações, esclarecem dúvidas e, assim, estabelecem uma relação de confiança e cooperação com os professores." 

Do ponto de vista social, estar presente nas reuniões também traz benefícios aos pais e, consequentemente, ao aluno, pois a troca de vivências é grande. "É importante que os pais dos alunos se conheçam e troquem experiências", explica Fernanda Flores, coordenadora pedagógica da Escola da Vila, de São Paulo. 

Enumeramos aqui 8 razões para você sempre marcar presença nesses encontros e tirar o máximo proveito deles.